A apreensão de mais de
36 mil comprimidos de
Diazepan pela Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária (Divisa), no interior do Estado, chamou a atenção da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) para o comércio ilegal de medicamentos controlados ou não no Piauí. A partir de agora, a ordem é para fechar o cerco no interior, para impedir este tipo de prática que pode, além de favorecer o uso ilícito de medicamentos psicotrópicos e entorpecentes, colocar em risco a saúde da população.
Nos municípios de Barras e Esperantina, a equipe da Divisa encontrou durante fiscalização uma série de irregularidades, entre elas a venda ilegal de medicamentos controlados, de medicamentos em locais não apropriados e até laboratórios clandestinos.
O coordenador de Medicamentos da Divisa, Pedro Batista, explica que as fiscalizações no interior são rotineiras, mas que elas serão intensificadas devido a gravidade da situação. “O que percebemos é o uso indiscriminado de medicamentos que pode, além de não resolver o problema de saúde, causar dependência física e psíquica”, ressalta o coordenador.
Segundo ele, os medicamentos controlados apreendidos estavam sendo vendidos ilegalmente em farmácias e drogarias que não têm licença sanitária para funcionar e por isto estão desautorizadas a fazer este tipo de comércio. “Além da falta de documentação legal, muitas também não possuem responsável técnico. Com isto, o consumidor não tem resguardada sua saúde, como também favorece o uso ilícito de medicamentos como Diazepan, que é crime. Quem for pego vendendo este tipo de droga sem a devida autorização pode ser preso por tráfico”, destaca Batista, ressaltando que para vender a medicação, farmácias e drogarias precisam, além da licença da Divisa, de um responsável técnico farmacêutico bioquímico e cadastro da empresa na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para o controle devido junto ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.
Outro problema encontrado foi a venda de medicamentos em locais não apropriados, como comércios, mercadinhos e até na rua, com vendedores ambulantes. “Isto é muito grave, uma vez que quem consome não tem nenhuma garantia de que o medicamento não é falso ou se não é proveniente de carga roubada. Por outro lado, o consumidor coloca em risco sua saúde, já que não pode contar com a orientação de um farmacêutico”, argumenta Alex Ferreira, fiscal que participou das fiscalizações no interior.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
MEDICAMENTOS FALSIFICADOS
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